Search
Close this search box.

Você sabe o que é a varíola do macaco?

Você sabe o que é a varíola do macaco?

E-Book Dieta DASH (Grátis)

Baixe agora mesmo seu exemplar do nosso E-Book Dieta DASH e tenha no seu celular, tablet ou computador um dos maiores guias de saúde para o coração do Brasil!

Ultimamente, muito se tem falado na imprensa sobre a varíola do macaco.

Inclusive, muita gente está ficando preocupada com essa nova doença, afinal ainda nem saímos direito de uma pandemia e já aparece outra doença assim do nada.

Mas você sabe o que é a varíola do macaco? Sabe se ela pode matar e quais são os riscos dessa doença?

Há o risco de uma nova pandemia?

Fique comigo até o final desse artigo que vou tentar responder a todas essas questões.

Meu nome é Diogo Kalil, sou médico cardiologista e quero te ajudar a cuidar melhor da sua saúde.

E eu já vou te pedir para compartilhar o post agora mesmo.

Então, o que é a varíola do macaco?

Bem, ela é uma doença do grupo das zoonoses.

Mas você sabe o que significa essa palavra?

Zoonose é uma doença transmitida de animais para seres humanos.

Agora, apesar de receber esse nome de varíola do macaco, os roedores são os maiores reservatórios naturais da doença e geralmente eles que transmitem essa doença para nós, humanos.

O vírus da varíola dos macacos é parecido com o que causa a varíola humana, por isso recebeu esse nome. E a doença também tem características semelhantes.

Mas olha só, a varíola dos macacos não é uma doença nova. Na verdade, ela foi identificada pela primeira vez em 1958 entre macacos de laboratório. O primeiro caso em humanos foi notificado em 1970, na República Democrática do Congo, e desde então a doença tem sido detectada em países nas regiões central e ocidental da África, sendo considerada endêmica lá, ou seja, com incidência relativamente constante ao longo dos anos.

E o que está preocupando a comunidade científica é que agora está havendo um aumento do número de casos, que estão se espalhando para vários outros países fora da África, o que nunca aconteceu dessa maneira antes.

O número de casos de varíola dos macacos confirmados na data que fiz este post já passa de 1.600 em todo o mundo, incluindo dados dos sete países endêmicos para a doença e dos 32 recém-afetados pelo surto da doença. As informações foram divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no último dia 14 de junho agora.

E segundo a OMS, quase 1.500 casos suspeitos estão em investigação. Até o momento, 72 mortes foram registradas em países da África. De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, nenhum óbito foi confirmado nos países considerados não endêmicos até o momento.

No Brasil já foram 6 casos confirmados, mas felizmente, nenhum óbito.

E como é o quadro dos pacientes infectados?

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. 

Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões na pele da pessoa acometida, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (que são manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.

E essas lesões vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios do pescoço, da região inguinal e uma erupção formada por pápulas (que são pequenos calombos avermelhados na pele), que mudam e evoluem para diferentes estágios: primeiro vesículas, depois pústulas (que são pequenas bolhas de pus na pele), evoluindo para úlcera, e depois lesão madura com casca (também chamada de crosta) e, enfim, lesão sem casca com pele, completando o processo de cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —já que as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.

A boa notícia é que a grande maioria dos casos tende a ser leve e os pacientes tendem a melhorar sozinhos algumas semanas após o início do quadro.

E como é a transmissão da varíola do macaco?

A varíola do macaco, diferentemente da Covid, que é muito contagiosa, é transmitida apenas com um contato bem mais próximo, geralmente quando se tem contato com as secreções das lesões da pele de uma pessoa ou animal infectados pela doença. 

Porém, existe também a possibilidade de transmissão por gotículas de secreções respiratórias, mas seria em uma taxa de transmissibilidade bem menor que a da Covid.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluídos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato com a pele ou com material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente. 

E como é o tratamento da varíola dos macacos?

Bem, não existe um tratamento específico para essa doença.

São recomendadas medidas de suporte, como hidratação, repouso e medicamentos sintomáticos.

E como eu disse, a grande maioria dos pacientes se recupera em poucas semanas após o início do quadro.

Existem medicamentos antivirais, como o tecovirimat…. e o cidofovir….., que podem ser usados em pessoas sob risco de complicações, mas que não são facilmente disponíveis comercialmente.

E a varíola dos macacos pode matar?

Pode, mas o risco é baixo. Existem dois vírus diferentes da varíola dos macacos circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central —com taxa de letalidade de cerca de 10%—, e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%. 

E a boa notícia é que, aparentemente, o vírus que está se espalhando pelo mundo é esse de letalidade menor.

Como eu disse anteriormente, até agora não foram relatadas mortes fora da África.

E essa doença pode causar uma nova pandemia?

Por enquanto não há essa possibilidade, pois a transmissibilidade desse vírus é baixa.

Ele é muito menos transmissível que o vírus da Covid, por exemplo.

E como prevenir essa doença?

Bem, ela pode ser prevenida isolando os casos suspeitos e evitando contato próximo com pessoas com lesões de pele de provável origem infecciosa.

Inclusive pessoas com suspeita devem usar máscara, pois pode haver transmissão por gotículas do sistema respiratório.

Uma informação interessante é que a vacina contra o vírus da varíola humana protegeria sim contra a varíola do macaco.

Mas o problema é que, como a varíola humana é considerada erradicada há cerca de 40 anos, essa vacina já não é mais aplicada há décadas no nosso país.

E também, para tranquilizar você, devo lembrar que esse vírus que está circulando agora em nosso meio, possui baixa letalidade e baixa transmissibilidade, diferentemente da varíola humana que é muito mais letal.

Portanto essa varíola dos macacos não constitui ainda um grande risco para a saúde pública no nosso meio e não há, no momento, um risco de pandemia.

Mas vale a pena ficar atento a situação. 

Outro ponto, é que em caso de necessidade pode-se vacinar populações de risco com a vacina da varíola humana.

E medicações nesse momento já estão sendo estudadas e podem ser colocadas a disposição para tratamento mais tarde, caso seja necessário.

Além disso, a grande maioria dos casos são leves e melhoram sozinhos após algumas semanas.

Por tudo isso, a situação agora é diferente de quando surgiu a Covid, e a tendência é que estejamos lidando com uma doença muito menos grave para a população em geral.

E esse foi o post de hoje. Peço que deixe o seu comentário sobre o que vc achou.

…..

Um abraço e até o próximo artigo.

Perfil do Dr. Diogo Kalil no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/diogo-kalil/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Precisa de Ajuda?

Marque sua consulta!

Fale no WhatsApp

Matérias relacionadas

COLESTEROL ALTO
colesterol
COLESTEROL ALTO: CAUSAS E SINTOMAS

Olá pessoal, meu nome é Diogo Kalil, sou médico cardiologista e nesse post de hoje vamos falar das causas e sintomas do colesterol alto Se