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Varíola dos Macacos

Varíola dos Macacos

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Foi declarada emergência de saúde global: e agora? (PC: varíola pandemia, varíola do macaco brasil, varíola do macaco emergência global)

Recentemente a OMS declarou a varíola do macaco como uma nova emergência de saúde global.

Isso vem causando pânico em boa parte da população e muita preocupação.

Mas será que estamos diante de uma nova pandemia tão perigosa quanto a covid-19?

A varíola dos macacos evoluiu, e a OMS e vários países estão declarando essa doença como uma emergência de saúde.

Por isso, fique comigo até o final desse artigo que vou te explicar se estamos realmente em uma pandemia ou não, ou se seria um exagero da mídia e dos governos. 

Meu nome é Diogo Kalil, sou médico cardiologista e quero te ajudar a cuidar melhor da sua saúde.  

E compartilhe esse artigo com seus amigos e familiares, para ajudar mais e mais pessoas a terem uma saúde melhor. 

Acesse o meu site: cardiologistadf.com.br para ver mais artigos sobre saúde.

Então para começar, resumidamente, o que é a varíola do macaco?

Bem, ela é uma doença do grupo das zoonoses, que são doenças transmitidas de animais para seres humanos. 

E esse vírus da varíola dos macacos é parecido com o que causa a varíola humana, por isso recebeu esse nome. 

Mas a varíola dos macacos não é uma doença nova. Na verdade, ela foi identificada pela primeira vez em 1958 entre macacos de laboratório.

O primeiro caso em humanos foi notificado em 1970, e desde então a doença tem sido detectada em países nas regiões central e ocidental da África, sendo considerada endêmica lá, ou seja, com incidência relativamente constante ao longo dos anos. 

E o que está preocupando a comunidade científica é que agora está havendo um aumento do número de casos, que estão se espalhando para vários outros países fora da África, o que nunca aconteceu dessa maneira antes. 

Quando falei sobre o assunto, agora em junho de 2022, havia 1600 casos confirmados no mundo e apenas 6 no Brasil.

Porém, agora em agosto já temos mais de 1000 casos no nosso país e já tivemos o primeiro óbito.

A pessoa que morreu era de Minas Gerais. Era um homem de 41 anos, que sofria de imunidade baixa e câncer.

No mundo todo, a doença já tem mais de 19 mil casos confirmados em 76 países, inclusive nos países Africanos que são endêmicos para a doença.

E como é o quadro dos pacientes infectados? 

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares.

Em geral, de 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões na pele da pessoa acometida, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (que são manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. 

E essas lesões vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios do pescoço, da região inguinal e uma erupção formada por pápulas que mudam e evoluem para diferentes estágios: primeiro vesículas, depois pústulas, evoluindo para úlcera, e depois lesão madura com casca (também chamada de crosta) e, enfim, lesão sem casca com pele normal, completando o processo de cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam.

A boa notícia é que a grande maioria dos casos tende a ser leve e os pacientes tendem a melhorar sozinhos algumas semanas após o início do quadro. 

A transmissão da doença se dá principalmente pelo contato com as lesões da pele e com contato com a secreção dessas lesões. Também através de roupas ou objetos de uso pessoal que tenham sido contaminados com essas secreções. 

Há a possibilidade de transmissão por gotículas respiratórias também.

E há a possibilidade de transmissão sexual também.

Pelo menos é o que diz um estudo publicado no New England Journal of Medicine.

Liderado por cientistas da Universidade de Londres Queen Mary, o novo artigo analisou 528 infecções confirmadas em 16 países, entre 27 de abril e 24 de junho de 2022.

Segundo o estudo 95% das infecções foram suspeitas de terem sido transmitidas pela atividade sexual.

98% das pessoas infectadas eram homens que fazem sexo com outros homens, 41% tinham o vírus HIV e a idade média era de 38 anos.

E, segundo a OMS, especialmente se houver múltiplos parceiros sexuais, há um maior risco em pegar a doença.

Porém, segundo os pesquisadores, não só o contato sexual, mas qualquer contato físico próximo pode transmitir a doença.

Muitos dos infectados avaliados neste estudo apresentaram sintomas não previamente associados à varíola do macaco, incluindo lesões genitais únicas e feridas na boca ou no ânus.

Um dado muito bom é que a maioria dos casos no estudo foi leve e autolimitada, e não houve mortes. Embora 13% das pessoas tenham sido internadas em hospital, nenhuma complicação grave foi relatada na maioria das pessoas internadas.

O DNA do vírus estava presente no sêmen de 29 das 32 pessoas testadas, mas ainda não está claro se este material é capaz de transmissão.

Apesar de tudo isso que eu disse, é recomendável cuidado na prevenção com qualquer grupo, pois homens heterossexuais, mulheres e crianças também são suscetíveis a pegar a doença, inclusive já temos casos da doença entre crianças também, inclusive aqui no Brasil.

Inclusive, crianças recém-nascidas, gestantes, idosos e pessoas imunossuprimidas são mais propensas a terem um quadro mais grave, pois o sistema imunológico é mais frágil.

Por isso, devemos ter um cuidado especial na prevenção dessas populações.

Outra boa notícia é que já existe vacina contra essa doença.

A vacina é a mesma da varíola humana, mas confere imunidade para a varíola do macaco também.

Porém, inicialmente ela só deve ser aplicada em pessoas de risco e em profissionais de saúde. 

Isso se deve ao fato dessa doença ser muito menos transmissível e letal do que o vírus da Covid. Por isso, até o momento, não há plano do Ministério da Saúde em vacinar a população geral.

Inclusive a OPAS (Organização Panamericana de Saúde) já deve estar entregando as primeiras doses da vacina para o Brasil agora em setembro.

Outra ótima notícia é que já existe um antiviral para o tratamento, chamado Tecovirimat, que é uma substância inicialmente aprovada para a varíola humana, mas que vem sendo usada em alguns países, como os Estados Unidos contra a varíola dos macacos com relativo sucesso.

A vantagem dessa medicação, o Tecovirimat, é que ele permite uma recuperação mais rápida da infecção, fazendo que o paciente fique transmissível por menos tempo.

Porém, devemos ressaltar que de qualquer forma a doença possui baixa letalidade, sendo que a maioria dos casos se resolve sozinho em algumas semanas.

E o Ministério da Saúde já informou que estará adquirindo o Tecovirimat para ajudar o país a enfrentar essa epidemia.

E, então afinal, estamos diante de uma nova pandemia?

Bem, primeiro, antes de responder essa pergunta, vamos ver a definição de pandemia segundo a OMS:

Segundo a Organização, pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa

Bem, de acordo com o decreto da OMS que declara a doença uma emergência de saúde global, pode-se dizer que a doença já tem algumas características de pandemia, embora ainda não tenha recebido essa denominação oficialmente.

Mas calma, a situação da varíola do macaco ainda é bem diferente da Covid-19, pois, como eu disse, ela possui uma letalidade bem menor, e também é muito menos transmissível, sendo mais fácil de controlar e causando um impacto muito menor em termos de sobrecarga dos hospitais e mortes.

Portanto, vale todo o cuidado, mas não há motivo para pânico.

E esse foi o artigo de hoje. Espero que tenha gostado.

Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto deixe aqui nos comentários que terei prazer em responder.

Um abraço e até o próximo artigo!

Perfil do Dr. Diogo Kalil no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/diogo-kalil/

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