Você sabia que a Hipertensão Arterial Sistêmica, entre as doenças cardiovasculares, é a mais comum. Ela também é conhecida como pressão alta.
Geralmente, a HAS não traz nenhum sintoma por anos, sendo assim percebida quando há alguma complicação ou quando há lesão em algum órgão vital, por isso, a hipertensão arterial sistêmica também é chamada de “assassina silenciosa”.
Neste artigo nós vamos falar a respeito da doença, abordando suas causas, seus sintomas e tratamentos. Acompanhe abaixo:
A data nacional que representa o combate à Hipertensão Arterial Sistêmica é dia 26 de abril. São 31 milhões de brasileiros atingidos pela doença.
Essa campanha é feita todos os anos, a fim de alertar a respeito da doença que pode levar à morte. Apesar de atingir dezenas de milhões de pessoas no Brasil, apenas cerca de 3 milhões se cuidam.
Com isso, a hipertensão arterial sistêmica se torna uma das doenças que mais causam mortes no país. Vale ressaltar que os idosos são os que mais sofrem.
A fim de evitar que a hipertensão sistêmica cause doenças cardiovasculares, todos devem procurar ajuda médica assim que notarem algo de diferente.
O presente artigo visa demonstrar tudo a respeito dessa doença. Para que você a conheça completamente, continue acompanhando o artigo.
O que é Hipertensão Arterial Sistêmica?
Existem pessoas que sofrem e não sabem de fato o que é hipertensão arterial sistêmica.
Essa doença nada mais é que uma condição clínica de multifatores que é caracterizada por elevados níveis da pressão arterial sistólica (PA) igual ou maior a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e diastólica igual ou maior a 90 mmHg.
A pressão sistólica é aquela quando o coração se contrai, por isso é a mais alta. Já a diastólica ocorre quando o coração relaxa.
Em outras palavras, caso a pressão for igual ou maior a 14 por 9, é considerada como alta.
Além disso, quantos maiores os níveis da pressão e quanto maior o tempo de hipertensão, maiores as chances da pessoa desenvolver lesões nos órgãos alvo.
Por isso a importância de mantê-la sempre controlada.
Quais são os estágios da HAS?
- Estágio 1: pressão acima de 13 por 9 e abaixo de 16 por 10;
- Estágio 2: pressão acima de 16 por 10 e abaixo de 18 por 11;
- Estágio 3: pressão acima de 18 por 11.
A incidência da doença, infelizmente, vem aumentando gradativamente.
Atualmente, 4% dos 31 milhões que sofrem de HAS são adolescentes e crianças, de acordo com dados divulgados pela Vigitel, em 2019.
Complicações da alta pressão arterial sistêmica
De fato, é sabido que a alta pressão arterial sistêmica atinge não só o Brasil, mas também o mundo. Além disso, é responsável por causar 40% dos óbitos por AVC e 25% dos óbitos por doença arterial coronariana.
Devido a isso, seu diagnóstico e tratamento imediato são importantíssimos para que haja redução em outras complicações, tais como:
- Insuficiência cardíaca;
- Doença renal crônica;
- Ataque cardíaco;
- Arritmias;
- Doença arterial periférica;
- Aneurisma;
- Aterosclerose;
- Entre outras.
Causas da Hipertensão Arterial Sistêmica
Antes de entender quais são as causas da hipertensão arterial sistêmica, é preciso conhecer as 2 classificações dela: primária e secundária.
Somente assim você vai entender melhor a respeito da doença.
Hipertensão arterial sistêmica primária
Antigamente, a hipertensão primária era conhecida como essencial. Nessa classe, a causa da doença não é conhecida.
Cerca de 95% da população que tem hipertensão arterial sistêmica apresenta este tipo de hipertensão, que causa alterações nos vasos sanguíneos e no coração que podem trazer o aumento da pressão.
As circunstâncias para essas mudanças não são conhecidas, entretanto, acreditam que haja envolvimento com a hereditariedade do paciente.
Existem outros fatores que podem ser a razão para o aumento da pressão arterial sistêmica, que são: acúmulo de sódio no organismo e a diminuição da produção das substâncias vasodilatadoras, que aumentam o diâmetro das arteríolas (vasos sanguíneos que controlam a pressão).
Hipertensão arterial sistêmica secundária
Nas pessoas que os médicos conseguem detectar a causa da doença, a hipertensão é chamada de secundária.
Essa classe representa cerca de 5% da população que tem hipertensão arterial sistêmica. A maior causadora dessa doença é alguma complicação renal.
Quando os rins sofrem qualquer lesão, seja por inflamações ou outras complicações, podem remover menos sódio e água do corpo, com isso, há aumento do volume do sangue no corpo, acarretando no aumento da pressão arterial.
Além disso, a estenose da artéria renal, infecção renal, tumores nos rins, glomerulonefrite e outras doenças também podem causar a hipertensão arterial sistêmica.
Vale ressaltar que a hipertensão secundária pode ter causas por distúrbios causados por hormônios e pelo uso de certos medicamentos. Entre os distúrbios hormonais, pode-se citar:
- hipertireoidismo (hiperatividade da glândula tireóide);
- hiperaldosteronismo (produção de aldosterona em excesso por causa de tumor benigno em glândulas adrenais);
- feocromocitoma (tumor na glândula adrenal que produz os hormônios epinefrina e norepinefrina);
- síndrome de Cushing (doença que causa altos níveis de cortisol).
Entre o uso de certos medicamentos estão: drogas, remédios que pioram a hipertensão arterial sistêmica, álcool em excesso, contraceptivos orais e até descongestionantes.
Apesar de não serem as principais causas, a obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse, sobrepeso, uso abusivo de sal e/ou álcool ajudam no desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica.
Portanto, caso você perceba que você apresenta as características citadas acima, é hora de reduzir e até mesmo parar com esses hábitos que podem reduzir sua expectativa de vida.
Sintomas
Normalmente, no início da doença, não vão aparecer sintomas e nem sinais que a pessoa porta a pressão alta, devido a isso é preciso aferir a pressão, se possível, todos os dias para ir acompanhando oscilações.
Entretanto, pode ser que em alguns casos surjam sintomas, como:
- Dor de cabeça e/ou na nuca;
- Dificuldade para respirar;
- Enjoos;
- Tonturas;
- Visão dupla ou embaçada;
- Dor no peito;
- Zumbido no ouvido;
- Sonolência repentina.
- Palpitações cardíacas;
- Pequenos pontos de sangue nos olhos;
Caso você sinta que está com algum desses sintomas, procure um cardiologista no Distrito Federal para que seja realizado alguns exames. A prevenção é sempre a melhor solução.
Tratamento
Ainda não há cura para a hipertensão arterial sistêmica, porém existem métodos para que ela permaneça controlada para que não haja complicações no futuro próximo.
As pessoas que têm pressão alta precisam mudar hábitos e adotar um novo estilo de vida com o uso de medicamentos, alimentos saudáveis e atividades físicas, mesmo que sejam leves.
Há hábitos prescritos pelo médico que não incluem o uso de remédios. Além de controlar a hipertensão arterial sistêmica, fazem com que você se previna até de outras doenças.
Veja quais são abaixo:
- Reduzir o consumo de álcool;
- Praticar atividades físicas;
- Consumir sal de modo moderado;
- Fazer uma dieta equilibrada e rica em frutas, verduras e legumes;
- Controlar a diabetes;
- Diminuir os níveis de estresse.
- Fumantes precisam abandonar o cigarro;
- Reduzir e manter o peso ideal (IMC);
Portanto, diante dos fatos mencionados, mantenha atenção e evite com que a hipertensão arterial sistêmica atinja você ou algum integrante de sua família, pois ela pode levar à morte caso não seja tratada.
Entretanto, se você está fazendo ou se fizer um tratamento, não há com o que se preocupar.
Espero que tenha entendido sobre o que é a hipertensão arterial sistêmica, sobre os estágios da doença que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, sobre as causas, sintomas e tratamento.
Acompanhe outros artigos do blog para que você possa saber e se prevenir de todas as doenças que envolvem o coração.
4 respostas
Obrigado doutor, o artigo é bastante esclarecedor e didático.
Que bom que gostou! Um abraço
Muito legal seu texto, explicou de maneira simples quase todas as minhas dúvidas. Parabéns pelo texto.
Obrigado!