A cardiopatia congênita são um conjunto de doenças, que podem comprometer a função ou a estrutura do coração, e que se desenvolvem na gestação, trazendo complicações na função cardíaca do recém-nascido.
Através dos exames de ecocardiograma e ultrassom é possível detectar, ainda no útero da mãe, a cardiopatia congênita.
Entretanto, depois do nascimento do bebê, é possível observar alguns sintomas que podem indicar que existem mudanças no fluxo de sangue, tais como: alteração na respiração em repouso e coloração roxa nos lábios ou nas pontas dos dedos da criança.
Porém, em algumas situações, os sintomas e sinais da cardiopatia congênita surgem no decorrer do crescimento da criança ou até na fase adulta.
A maioria das cardiopatias congênitas tem cura, que por sua vez, consiste em uma cirurgia a fim de corrigir o problema.
Contudo, para que a cirurgia seja feita, vai depender de quão complexa é a cardiopatia congênita que a pessoa tem.
Sintomas de cardiopatia congênita
Os sintomas e os sinais da cardiopatia congênita estão ligados à complexidade e aos tipos de defeitos causados pela doença. Nos bebês, os sintomas mais comuns são:
Cianose (coloração roxa nos lábios ou na ponta dos dedos);
Suor excessivo;
Cansaço exagerado durante as mamadas;
Palidez;
Peso baixo ou dificuldade para ganhar peso e pouco apetite;
Rápida respiração mesmo estando em repouso;
Irritação constante.
Porém, nas crianças com mais idade, os sintomas podem ser um pouco diferentes:
Boca roxa após esforços;
Coração acelerado após uma simples atividade diária;
Infecção respiratória frequente;
Cansaço fácil em comparação às outras crianças que possuem a mesma idade;
Atraso no desenvolvimento ou ausência de ganho de peso ideal.
Vale ressaltar que alterações no tamanho do coração podem ser observadas em um ecocardiograma ou até em um raio-x.
Como é realizado o diagnóstico?
Certas cardiopatias congênitas podem ser diagnosticadas por meio do ultrassom, ainda na gestação.
Porém, é possível que o diagnóstico completo seja realizado somente depois do nascimento do bebê, através do exame físico e de exames complementares, tais como:
Raio-X do tórax;
Aferição de pressão sanguínea nas pernas e braços;
Eletrocardiograma no recém-nascido.
Em casos mais específicos, é indicado realizar o teste do coraçãozinho e exames laboratoriais que ajudam a diagnosticar alterações nos músculos cardíacos e também nos vasos sanguíneos do coração.
Através desses exames e do teste do coraçãozinho é possível analisar se há bombeamento de oxigênio suficiente e se os batimentos cardíacos estão normais.
Para que você tenha certeza se alguém da família é portador(a) da cardiopatia congênita, procure o médico cardiologista Dr. Diogo Kalil no DF para que o diagnóstico seja feito.
Se porventura o diagnóstico seja positivo, inicie o tratamento o mais rápido possível. Talvez seja necessária uma cirurgia para que a cardiopatia congênita seja curada.
Possíveis causas da cardiopatia
Você sabia que a cardiopatia congênita pode ocorrer por causa de mudanças genéticas? Tais como: síndrome de Down, DiGeorge, Leopard, Turner, Holt-Oram e Williams.
Ela também pode ser causada por certas interferências que ocorrem na gravidez, como o uso de drogas, substâncias químicas ou álcool, infecções em momentos da gravidez que não foram tratadas da maneira correta.
Tipos de cardiopatia
Segundo mudanças funcionais e estruturais, a cardiopatia congênita possui 2 tipos principais de classificação:
De acordo com as alterações estruturais e funcionais, a cardiopatia pode ser classificada em dois tipos principais:
1. Cardiopatia congênita acianótica
Esse tipo de cardiopatia congênita, nem sempre causa problemas graves ao funcionamento cardíaco. A intensidade e a quantidade dos sintomas depende de quão grave é a alteração cardíaca.
Pode-se citar que esses sintomas podem ir de um cansaço ao esforço físico até uma insuficiência cardíaca franca.
Dependendo dos sintomas causados, essas mudanças podem ser percebidas depois do nascimento de um bebê ou somente na fase adulta. Veja abaixo as principais.
Comunicação interatrial (CIA): há uma comunicação errada entre os átrios direito e esquerdo, que são as câmaras superiores do coração;
Comunicação interventricular (CIV): existe um defeito entre as paredes dos ventrículos, causando uma comunicação anormal destas câmaras e a mistura de sangue oxigenado e o sangue que não possui oxigenação;
Persistência do canal arterial (PCA): a função desse canal é ligar as artérias pulmonares com a aorta, com o objetivo de fazer com que o sangue percorra em direção à placenta para receber oxigênio, porém deve fechar-se logo depois do nascimento. Pois, sua persistência pode causar problemas na oxigenação do sangue do recém-nascido;
Defeito no septo atrioventricular (DSAV): causa uma comunicação anormal entre o ventrículo e o átrio, trazendo dificuldades à função cardíaca.
2. Cardiopatia congênita cianótica
A cardiopatia congênita cianótica é o tipo mais grave, porque a alteração no coração pode trazer grandes complicações na capacidade de oxigenação do sangue e no fluxo sanguíneo, e, dependendo de sua gravidade, os sintomas que podem aparecer são: falta de ar, palidez, desmaios, coloração azul da pele, convulsões, e nos casos gravíssimos, a morte.
As principais incluem:
Anomalia de Ebstein: traz dificuldade ao fluxo sanguíneo por anormalidades presentes na valva tricúspide, que é aquela que se encontra entre o átrio direito e o ventrículo direito;
Tetralogia de Fallot: não permite que haja fluxo sanguíneo do coração aos pulmões, por causa de 4 defeitos, que são: estreitamento da valva onde passa o sangue para os pulmões, comunicação entre os ventrículos no coração, mudança de posição da aorta e hipertrofia do ventrículo direito;
Atresia pulmonar: ocasiona na falta de conexão entre o ventrículo direito e os pulmões, e assim, impedindo que o sangue receba a oxigenação necessária.
A cardiopatia congênita cianótica precisa ser diagnosticada o quanto antes, desde que seja ainda que o bebê esteja na barriga da mãe ou até depois do nascimento, por exame de ecocardiograma.
Exame esse que possui a responsabilidade de diagnosticar as alterações cardíacas, a fim de criar uma intervenção e evitar que o bebê sofra sequelas da doença.
Sendo a cardiopatia congênita cianótica ou a acianótica, qualquer uma delas pode ser definida como complexa, no instante em que o coração sofre com a agregação de diversos defeitos que causam problemas maiores na sua função.
Nesses casos, o tratamento é mais delicado. Como exemplo, pode-se citar a tetralogia de Fallot.
Como é realizado o tratamento
O tratamento da cardiopatia congênita pode ser feito com o uso de medicamentos para controlar os sintomas, como diuréticos, betabloqueadores, para regular a frequência cardíaca, e inotrópicos, para aumentar a intensidade dos batimentos.
Contudo, o tratamento definitivo é a cirurgia para que a cardiopatia congênita seja corrigida, e é indicada para, praticamente, todos os casos, sendo o método mais eficaz para curar a cardiopatia.
Porém, alguns casos mais leves podem se resolver sozinhos com o crescimento da criança, sendo necessário o acompanhamento especializado contínuo durante esse período.
Nesses casos, a cirurgia pode ser postergada aguardando essa possível melhora, desde que não haja repercussão importante na saúde do paciente.
Quanto aos casos mais graves, o bebê precisa passar por cirurgia mesmo que esteja no primeiro ano de vida.
Não somente isso, várias síndromes podem apresentar problemas cardíacos. Em razão disso, é de suma importância fazer os exames para acompanhar o funcionamento do coração da criança.
Caso o bebê ou um adulto seja diagnosticado com cardiopatia congênita procure imediatamente um cardiologista no DF para que você receba o melhor atendimento e diagnóstico da situação.