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Miocardite: O que é? Covid causa? Sintomas, Tratamento e mais!

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Muito tem se falado recentemente a respeito da miocardite, principalmente sua relação com a vacinação contra a COVID-19 aqui no Brasil com a vacina da Pfizer.

Mas afinal, o que é a miocardite? Você conhece essa doença? Como diagnosticar a miocardite? Como é o tratamento? Ela está relacionada mesmo com a vacinação? Sobre essas questões que vamos abordar hoje.

O que é a miocardite?

A miocardite é uma inflamação do miocárdio. O que é o miocárdio? Mio significa músculo e cardio, coração. Então o miocárdio é o músculo do coração e o coração é um órgão essencialmente muscular.

Então quando você tem uma miocardite, quer dizer que possui uma inflamação do músculo do miocárdio.

Essa inflamação pode ser desde graus leves em há pouca repercussão pro paciente até graus muito graves em que o paciente pode entrar em falência cardíaca e ter uma situação chamada de choque cardiogênico.

Esse choque seria a situação em que o coração não consegue mais bombear e você começa a represar sangue no lado venoso e ter uma dificuldade em mandar sangue pro corpo, fazendo ter queda da pressão e eventualmente o risco de morte.

A manifestação clínica mais comum da doença é a dor no peito, por essa inflamação do tecido miocárdico e nos casos graves ela pode vir acompanhada de inchaço por esse acúmulo do sangue, pode vir também com falta de ar, cansaço e queda na pressão.

Geralmente, a miocardite é causada por uma inflamação e essa inflamação na maior parte das vezes é causada por um vírus. E qual seria esse vírus? São dois os principais: o vírus Coxsackie e o adenovírus.

Não conhece esses vírus, né? Então, vou apresentar eles pra vocês. O Coxsackie é um enterovírus, que causa diarreia, intoxicação alimentar, etc.

Na grande maioria das vezes eles são benignos, eles cursam com um, dois, três dias de diarreia e a pessoa melhora sozinha. Em raros casos, esse vírus pode acabar acometendo o coração e levar a um quadro de miocardite.

O 2º vírus é o adenovírus que é um vírus que causa sintomas gripais, geralmente benignos também, mas que em raros casos podem acabar levando à miocardite.

Qual a relação da miocardite com a vacinação da Covid-19?

E recentemente, descobriu-se que um outro vírus causa miocardite, que é o SARS-CoV-2, o vírus da covid-19.

E por que que eu falei vários mecanismos? Porque pode ser que o vírus cause lesão e até destrua o músculo cardíaco.

Mas a miocardite pode acontecer também como uma resposta inflamatória, ou seja, o corpo na tentativa de combater aquele vírus, pode causar um dano miocárdico, com isso, sua própria resposta inflamatória contra o vírus, pode atacar seu coração.

E, foi exatamente isso que aconteceu com o organismo de algumas pessoas que receberam doses da vacina da Pfizer.

Devido ao processo de vigilância de eventos adversos relacionadas às vacinas da Covid-19, os Estados Unidos e Israel descobriram um aumento nos casos de miocardite e pericardite (doença, na qual, há inflamação do músculo cardíaco e da estrutura que cobre o coração) depois da aplicação de vacinas com mRNA em adolescentes e jovens.

Os sistemas responsáveis pela monitoração informaram que há poucos relatos de que a vacinação com vacinas de mRNA cause miocardite. Nos casos existentes, a maioria é leve e tratável, e que esses casos acontecem:

  • Com predominância em adolescentes e jovens;
  • Com mais frequência em homens do que mulheres;
  • Mais frequentemente após a 2º em relação à 1ª dose; e
  • Normalmente, dentro de quatro dias depois da vacinação.

Vale ressaltar que o risco de miocardite/pericardite após a vacinação existe, mas é raro. A possibilidade de o quadro ser causado pela COVID-19 é muito maior. Por isso, agências regulatórias de vários países continuam a recomendar a vacinação para todos os indivíduos a partir de 12 anos de idade — muitas para crianças a partir de 5 anos de idade.

Um estudo israelense avaliou mais de 2 milhões de pacientes que tinham recebido a vacina da Pfizer, a qual é uma vacina de RNA mensageiro, que está relacionada, diretamente, com os casos de miocardite.

Nessa pesquisa, a incidência foi de 2,13 casos para cada 100 mil pessoas vacinadas. Observe que é um número pequeno. Mas o estudo foi além…

Descobriu também, qual gênero tem um risco maior de contrair a miocardite após a vacinação. E a resposta é: ao gênero masculino. Isso porque, em mulheres, foram registrados apenas 4,12 casos para cada 100 mil mulheres.

Principais sintomas

Em uma fase inicial, pode não haver sintoma de miocardite no organismo de uma pessoa. Entretanto, com a desenvolvimento da doença, podem surgir sintomas como:

  • Dor na região torácica;
  • Angina;
  • Batimento cardíaco desequilibrado;
  • Sensação de falta de ar;
  • Dificuldade para respirar, mesmo estando em repouso;
  • Cansaço exagerado;
  • Pernas e pés inchados; e
  • Tonturas.

No entanto, nas crianças, podem ainda aparecer demais sintomas como febre, respiração acelerada e, em alguns, desmaio.

De qualquer forma, em todos os casos, é recomendado procurar o médico cardiologista Diogo Kalil para realizar uma avaliação do paciente e iniciar o tratamento da maneira mais adequada.

Causas da miocardite

Assim como já foi citado anteriormente, a miocardite é causada por uma inflamação no músculo cardíaco, que pode ocorrer devido a diversas situações. Dentre elas, pode-se citar:

  • Infecções virais, como: gripe, catapora, hepatite B ou C, HIV, ou até COVID-19;
  • Infecções causadas por bactérias;
  • Infecções fúngicas;
  • Doenças parasitárias;
  • Doenças autoimunes;
  • Quimioterapia com remédios como interleucina-2 ou doxorrubicina;
  • Uso de determinados antibióticos.

Tratamento

Geralmente, o tratamento é realizado em casa com repouso para evitar trabalho excessivo do coração.

Contudo, durante esse tempo, também se deve realizar o tratamento adequado da infecção que deu origem à miocardite e, por isso, em diversos casos, é necessário tomar antivirais, antibióticos, antifúngicos ou demais remédios prescritos pelo seu médico cardiologista no DF.

Além dos tratamentos citados, caso a inflamação esteja dificultando o funcionamento do coração, o médico pode indicar a utilização de remédios como:

  • Remédios para pressão alta, pois relaxam os vasos sanguíneos e tornam fácil a circulação do sangue, diminuindo os sintomas como falta de ar e angina;
  • Beta-bloqueadores que ajudam no fortalecimento do coração, trazendo equilíbrio ao batimento irregular;
  • Diuréticos para eliminar o excesso de líquidos do organismo, diminuindo o inchaço nos pés e pernas, e também, facilitando a respiração.

Contudo, nos casos mais graves, pode ser que seja preciso realizar uma internação no hospital para que os remédios sejam aplicados diretamente na veia ou colocar aparelhos, como um marcapasso, que ajudam o coração a trabalhar.

Na grande maioria dos casos de miocardite, o paciente não fica com nenhum tipo de sequela. É comum que algumas pessoas, com o passar dos anos, se esqueçam que já tiveram a miocardite.

Todavia, quando a inflamação no coração possui alta gravidade, pode causar lesões permanentes no músculo cardíaco que trazem o aparecimento de doenças como a pressão alta e a insuficiência cardíaca.

Dependendo do grau da gravidade, o cardiologista vai recomendar a utilização de remédios que devem ser usados por meses ou até, por toda vida.

Espero que tenha aprendido ainda mais sobre a miocardite. Veja outros de nossos artigos e mantenha-se atento(a) quanto aos cuidados com a sua saúde.

Perfil do Dr. Diogo Kalil no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/diogo-kalil/

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