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Sequelas Cardíacas Após a Covid

Sequelas Cardíacas

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A PANDEMIA DE COVID-19 JÁ MATOU CERCA DE 660 MIL PESSOAS NO BRASIL E MAIS DE 6 MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO.

TODOS SABEMOS OS EFEITOS QUE A COVID CAUSA NOS PULMÕES, COM INFLAMAÇÃO E PNEUMONIA, QUE PODE LEVAR NOS CASOS MAIS GRAVES A INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA COM NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO.

PORÉM, TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA QUE A COVID PODE TER EFEITOS TAMBÉM SOBRE O CORAÇÃO E SISTEMA CARDIOVASCULAR.

ESTUDOS MOSTRARAM QUE LESÕES CARDÍACAS COMPROMETERAM 20 A 30% DOS PACIENTES HOSPITALIZADOS E FORAM CAUSA PARA 40% DAS MORTES.

ENTRE AS COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES APRESENTADAS PELOS PACIENTES INTERNADOS ESTÃO LESÃO MIOCÁRDICA (20% DOS CASOS), ARRITMIAS (16%), MIOCARDITE (10%), Insuficiência Cardíaca Congestiva E CHOQUE (ATÉ 5%).

ENTRETANTO, MENOS CONHECIDAS AINDA PELA MAIORIA DAS PESSOAS SÃO AS SEQUELAS DE LONGO PRAZO APÓS A COVID.

SOU DIOGO KALIL, MÉDICO CARDIOLOGISTA, E VOU MOSTRAR NESSE ARTIGO OS EFEITOS QUE A COVID PODE TER SOBRE O SEU CORAÇÃO E SUA SAÚDE CARDIOVASCULAR, MESMO MESES ou 1 ano APÓS O QUADRO.

PEÇO QUE COMPARTILHE ESSE POST NOS SEUS GRUPOS DE WHATSAPP E REDES SOCIAIS, PARA AJUDAR AS PESSOAS A CUIDAREM DA SUA SAÚDE E A SALVAR VIDAS.

  1. O QUE É A COVID

A COVID É A DOENÇA CAUSADA PELO NOVO CORONAVÍRUS, TAMBÉM CHAMADO DE SARS-COV2, DOENÇA QUE PRODUZ INFLAMAÇÃO SISTÊMICA E QUADRO RESPIRATÓRIO

FELIZMENTE A GRANDE MAIORIA DAS PESSOAS TEM UM QUADRO LEVE, COM SINTOMAS COMPATÍVEIS COMO DE UMA GRIPE OU RESFRIADO.

O VÍRUS DA COVID É UM VÍRUS DE RNA, QUE ENTRA NAS CÉLULAS ATRAVÉS DE UM RECEPTOR CHAMADO ECA2.

Dentro das células o vírus começa a se multiplicar. 

Essa fase é chamada de pré-sintomática ou de incubação. Nela, apesar de ainda não haver sintomas, indivíduos contaminados são capazes de infectar outras pessoas.

Depois vem a fase de inflamação, que é o combate do nosso organismo ao vírus.

A grande maioria das pessoas apresenta uma resposta adequada e o quadro costuma ser leve.

Porém, algumas pessoas podem ter uma resposta imune descontrolada ou inadequada, levando ao desenvolvimento de quadros graves.

Quando há essa reação grave de inflamação nos alvéolos pulmonares, eles podem se encher de líquido inflamatório, prejudicando as trocas de oxigênio e gás carbônico nos pulmões.

Isso pode levar ao quadro respiratório grave, com insuficiência respiratória e necessidade de intubação.

  1. COMO A COVID AFETA O CORAÇÃO?

A Covid, assim como inflama os pulmões e vias respiratórias, pode inflamar também o músculo cardíaco, afetando o coração.

Além disso, essa inflamação descontrolada pode estimular o sistema de coagulação sanguínea, levando a formação de coágulos sanguíneos, condição também conhecida como trombose.

Esses coágulos podem ir para o coração, pulmões ou cérebro, causando infarto, embolia pulmonar ou isquemia cerebral.

Um outro fator que pode afetar o coração também, principalmente em pacientes graves, é a síndrome da resposta inflamatória sistêmica que pode causar uma produção exagerada de substâncias inflamatórias na corrente sanguínea, as chamadas citocinas, que em excesso, podem ser tóxicas para o músculo cardíaco.

Um estudo com hospitalizados pela Covid-19 mostrou que 16,7% desenvolveram arritmia e 7,2% apresentaram lesão cardíaca aguda e quase 12% dos pacientes sem doença cardiovascular prévia apresentaram níveis elevados de troponina T, proteína liberada no sangue quando existe alguma lesão no músculo do coração. 

Então até 10 a 20% dos pacientes tem algum grau de lesão no coração.

Portanto, agora vc já sabe que a Covid é também, não só uma doença pulmonar, mas também uma doença cardiovascular.

  1. QUAIS AS SEQUELAS DA COVID NO CORAÇÃO

Pois é, então além desses efeitos do vírus da Covid durante a infecção aguda que eu falei agora, uma coisa que pouca gente sabe é que o vírus pode causar efeitos no sistema cardiovascular a longo prazo.

Um estudo publicado na Revista Nature, mostrou que mesmo após 1 ano após a infecção pelo coronavírus, o risco de infarto é 72% maior do que no grupo de pacientes que não tiveram a doença. 

Nesse estudo foram avaliados dados de mais de 150 mil pessoas que tiveram Covid, comparadas com um grupo controle que não teve a doença.

Já o risco de AVC até 1 ano após a infecção pode chegar a 52%.

E esse aumento de risco de doenças cardiovasculares foi significativo até mesmo em pacientes que tiveram um quadro leve de Covid, sem necessidade de hospitalização.

O risco de arritmias foi 70-80% maior.

E de insuficiência cardíaca, 72% maior.

O risco aumenta mesmo em pacientes abaixo dos 65 anos e que não possuem fatores de risco, como diabetes, tabagismo ou obesidade. 

Ou seja, até mesmo pessoas de baixo risco cardiovascular e com covid leve tem um risco aumentado de doenças cardiovasculares.

Um estudo da Universidade de Oxford na Inglaterra, publicado também neste ano, mostrou que pacientes hospitalizados que sobreviveram pelo menos uma semana após a alta tinham duas vezes mais chances de morrer ou ser internados novamente dentro de meses. 

Os sobreviventes da Covid também tiveram um risco quase cinco vezes maior de morrer nos 10 meses seguintes do que uma amostra retirada da população em geral.

Já um estudo holandês mostrou que três quartos dos pacientes de Covid tratados em terapia intensiva ainda sofriam de fadiga, falta de condicionamento físico e outros sintomas físicos um ano depois, e um em cada quatro relatou ansiedade e outros sintomas mentais.

E realmente no consultório, na minha prática clínica, tenho visto muitos pacientes com queixas de fadiga, perda de memória, palpitações, ansiedade e outros sintomas.

  1. QUAIS OS MECANISMOS DESSA SEQUELA

O mecanismo ou mecanismos que fundamentam a associação entre o COVID-19 e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na fase pós-aguda da doença não são totalmente claros. 

Os supostos mecanismos incluem danos persistentes da invasão viral direta às células do coração e subsequente morte celular, infecção de células endoteliais, que é a camada de células que reveste os vasos, com consequente endotelite. Na medicina nós sabemos que a disfunção do endotélio é uma importante causa de doenças cardiovasculares.

Outra hipótese é a ativação do sistema imunológico de maneira desregulada, causando distúrbios da coagulação. E o nível elevado de citocinas inflamatórias promovendo a formação de cicatrizes no coração, que aumentam o risco de arritmias.

Fora outras explicações mais complexas, que não cabe aqui ficar citando, mais que ainda estão sendo estudadas pelos cientistas a fim de resolver esta intrigante questão: como uma infecção que já se resolveu ainda pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

  1. COMO EVITAR ESSAS SEQUELAS

A primeira e principal medida para evitar esse risco de longo prazo da covid é não pegar a doença.

Portanto o distanciamento quando houver surtos da doença, o uso de máscaras ao menos por pessoas sintomáticas e as medidas de higiene são muito importantes.

Outra medida muito importante é a vacinação.

Mas caso vc já tenha tido covid, o que vc pode fazer?

Recomendo primeiramente fazer um acompanhamento com seu médico, para fazer exames periódicos e avaliar os sintomas que eventualmente vc estiver sentindo.

Particularmente, recomendo uma avaliação com seu cardiologista após se recuperar da covid.

Pois ele vai poder avaliar o seu risco cardiovascular e pode solicitar exames cardiológicos caso ache necessário.

Tenha uma alimentação saudável, com muitos vegetais e evite alimentos ultra-processados pois eles podem aumentar a inflamação no seu organismo.

Os exercícios ajudam também a melhorar a inflamação e diminuem o risco cardiovascular, portanto se alimente bem e se exercite para evitar essas sequelas cardíacas da covid.

E muita gente tem me perguntado se as vacinas também aumentam o risco de morte ou problemas cardíacos.

Para responder essa questão fiz outro artigo, confira.

E não se esqueça de compartilhar este artigo. Siga-me para mais conteúdo sobre saúde.

E comente abaixo se você conhece alguém que teve problemas do coração após a covid.

Um abraço e até o próximo post.

Perfil do Dr. Diogo Kalil no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/diogo-kalil/

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